A teoria de gestalt

A teoria de Gestalt foi uma das matérias lecionadas em aula. Gestalt é uma palavra, de origem alemã, que significa “configuração” ou “forma total”. Surgiu no início do século passado, na Alemanha, e teve como principais expoentes Kurt Koffka (1886-1940), Wolfgang Köhler (1887-1967) e Max Werteimer (1880-1943).  A teoria defende que, para se compreender as partes, é preciso, previamente, compreender o todo. Por outras palavras, a nossa perceção não se dá por pontos isolados, mas sim por uma visão de um todo.

De seguida são explicados alguns dos principais fatores que determinam como nós agrupamos as coisas de acordo com a perceção visual. São eles:

Similaridade

Define que os objetos similares tendem a se agrupar. Objetos similares em forma, tamanho ou cor são mais facilmente interpretados como um grupo. Por outro lado, o mau uso da similaridade pode dificultar a perceção visual.

similaridade

Proximidade

Na proximidade, os elementos são agrupados de acordo com a distância a que se encontram uns dos outros. Os elementos que estão mais perto de outros numa região tendem a ser percebidos como um grupo, contrariamente se estiverem distante de seus similares.

proximidade

Continuidade

Se vários elementos de um quadro apontam para o mesmo canto, por exemplo, o resultado final irá apresentar mais naturalmente. O conceito de boa continuidade está ligado ao alinhamento, pois dois elementos alinhados passam a impressão de estarem relacionados.

continuidade

Pregnância

É chamada também de lei da simplicidade. Os objetos num ambiente são vistos da forma mais simples possível. Quanto mais simples, mais facilmente é assimilada.

pregnancia

Fechamento

No fechamento, os elementos que são agrupados parecem se completar, ou seja, nossa mente tende a ver um objeto completo, mesmo quando tal não se verifique. Por outras palavras, o nosso cérebro adiciona componentes que faltam para interpretar uma figura parcial como um todo.

fechamento

Simetria

Elementos simétricos são mais facilmente agrupados em conjuntos que os não simétricos. Tal como se pode observar na figura abaixo, as figuras são facilmente percebidas como um grupo, expecto a última figura que não é simétrica.

simetria

Experiência

A nossa perceção depende das nossas vivências, valores, experiências passadas ou memórias.

 Unidade

Na lei da unificação, mesmo uma imagem abstrata pode ser entendida pela mente humana, pois preenchemos os espaços.

unidade

Memória descritiva

  A presente memória descritiva explica e contextualiza minuciosamente o desenvolvimento de todo o projeto, com um especial enfoque nos elementos básicos e técnicas de comunicação visual que foram utilizadas na composição gráfica e visual.

  • Relato de procedimentos

   O Adobe Photoshop foi o programa utilizado para a realização da composição visual. A escolha deste programa deve-se ao facto de já dominarmos certos conhecimentos e técnicas necessárias para o utilizar. Contudo, a principal razão que justifica a escolha deste programa recaí no facto de muito do trabalho ter sido executado manualmente. Desta forma, apenas utilizamos uma única ferramenta do Adobe Photoshop para finalizar o projeto. Neste caso em concreto foi usada a ferramenta de pintura para dar cor à composição que, por sua vez, já tinha sido previamente desenhada.

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O Adobe Photoshop foi o programa utilizado na fase final da elaboração da composição visual.

   Como referido anteriormente, para a realização da composição foi levado a cabo um processo, essencialmente, manual. Assim, com base nas fotos de inspiração, foram selecionados unanimemente os vários monumentos que incorporariam a composição. De seguida, decalcámos com papel vegetal as figuras selecionadas e, por fim, digitalizámos aquilo que seria a composição final.

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Durante a parte prática do projeto foi levado a cabo um processo, essencialmente, manual. Com papel vegetal decalcou-se as figuras selecionadas e, posteriormente, estas foram digitalizadas para serem trabalhadas no Adobe Photosop.

  • Os elementos básicos da Comunicação Visual

   Após uma breve descrição da composição visual e do conjunto dos procedimentos adotados, segue-se a fase de explicação dos elementos básicos visuais alusivos ao projeto desenvolvido. De facto, este trabalho foi extremamente importante na medida em que possibiltou a consolidação dos conhecimentos adquiridos em aula. Neste seguimento, procuramos, desde logo, estar particularemente sensíveis no que diz respeito aos elementos básicos da comunicação visual, não fossem estes a “substância básica daquilo que vemos” (Donis A. Dondis)

   Em primeiro lugar, vimos que o ponto é a unidade de comunicação visual mais básica, simples. Segundo o mesmo autor “apesar de ser considerado o elemento mais simples, qualquer ponto exerce sobre nós um enorme poder de atração”. Esta frase de Donis resume, de certa forma, a essência que delineamos para o projeto, isto é, criar uma composição visual simples e igualmente atrativa. Ainda neste âmbito, vimos que os pontos, quando se encontram próximos entre si, transformam-se em linhas. A linha é, efetivamente, um dos elementos visuais mais presentes na composição, uma vez que possibilita “apresentar, em forma palpável, aquilo que ainda não existe, a não ser na imaginação” (Donis A. Dondis). De facto, a linha é um dos elementos visuais mais importantes, daí a sua constante presença, quer no CD, quer na capa do mesmo.

   A linha conduz-nos a outro elemento básico fundamental: a forma. De entre as três formas básicas – o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero – existem duas que se encontram bastante presentes na composição visual: o quadrado e o círculo. A cada uma destas formas, todas elas figuras planas e simples, associa-se determinados significados: o quadrado representa a honestidade, retidão e esmero, enquanto o círculo simboliza a infinitude e proteção. Tal como se pode observar no esquema representado na figura 11, o círculo e o quadrado são as duas formas que foram utilizadas na composição visual.

   Por sua vez, a forma leva-nos a um outro elemento visual: a direção. O quadrado está associado à direção horizontal – vertical, aquela que, efetivamente, mais se destaca na composição. Este tipo de direção encontra-se diretamente relacionado com o equilíbrio. “A necessidade de equilíbrio não é uma necessidade exclusiva do homem; dele também necessitam todas as coisas construídas e desenhadas”. De facto, esta afirmação de Donis A. Dondis faz particularmente sentido no presente trabalho, uma vez que as “coisas desenhadas” representam os vários monumentos icónicos, ou seja, as “coisas construídas” que, quer no papel quer na vida real, necessitam de equilíbrio. Ainda neste sentido, torna-se importante mencionar que o círculo, outra forma básica presente na composição, possui forças direcionais curvas. Tal significa abrangência, repetição e calidez.

   A cor é considerada um dos elementos visuais mais importantes, na medida em que nos transmite uma enorme quantidade de informação. Tanto no CD como na capa do mesmo, a cor é o elemento-chave da composição, pois ambos são, de facto, bastante coloridos, procurando transmitir alegria, energia e vivacidade. Diz-se que “as cores falam todas as línguas” (Joseph Addison), como que existisse uma linguagem universal no que diz respeito ao mundo da cor. Na verdade, cada cor tem os seus próprios significados associativos e simbólicos. Por exemplo, o vermelho é uma cor que tem lugar muito presente na composição visual e representa paixão, energia, excitação. Ao contrário desta cor, o azul é uma cor fria e transmite tranquilidade, serenidade e harmonia. Estas foram duas das cores mais utilizadas, uma vez que os significados inerentes a cada uma destas cores vão ao encontro da mensagem, isto é, desfrutar da vida com paixão, energia para alcançar a harmonia e serenidade interior. Uma mescla de sentimentos e cores mas que, neste caso, conciliam perfeitamente. Foram também utilizadas outras cores, nomeadamente o amarelo, o verde ou o rosa, sempre em tons amenos e suaves.

   Desta forma, chegamos a um outro elemento básico visual: o tom. Sucintamente, podemos definir que o tom é a relativa luminosidade ou escuridão de uma cor. Entre a luz e a escuridão na natureza existem centenas de gradações tonais específicas. Procuramos, desde logo, evitar o uso de tonalidades escuras, optando por tons mais luminosos e suaves, nomeadamente o amarelo ou o branco. Tal como a escolha das cores, esta seleção de tonalidades mais suaves prende-se com a mensagem da música: ter uma vida repleta de luz, descontração, otimismo e alegria, despojada de qualquer tristeza, isolamento ou obscureza (significados associados às tonalidades mais escuras).

  Ainda neste domínio, é importante mencionar que toda a vivacidade de cores e tonalidades presente na composição se deve, em grande medida, à utilização da técnica da aquarela, sugerida pela docente da unidade curricular. A técnica da aquarela, também conhecida por “watercolor painting”, trata-se de uma técnica de pintura na qual os pigmentos se encontram suspensos ou dissolvidos em água. Em certas figuras procurámos aplicar esta técnica (nuvem ou balão de ar quente) que, na nossa opinião, funcionou visualmente muito bem.

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A técnica da aquarela, também conhecida por “watercolor painting”, foi uma das técnicas utilizadas bna composição e que, numa mescla de tonalidades e cores, resultou visualmente muito bem.

   Ainda dentro do estudo dos elementos básicos da comunicação visual não poderíamos deixar de referir a escala que, segundo Donis A. Dondis, constitui o processo no qual “o grande não exista sem o pequeno”. Na composição visual as várias figuras possuem tamanhos distintos, o que permiti estabelecer uma escala entre estes. De facto, os símbolos icónicos representados na composição possuem diferentes tamanhos. Estes foram atribuídos de forma aleatória, contudo esta distinção entre os tamanhos das figuras, aquilo a que chamamos de escala, tem uma intenção específica: impedir a monotonia visual, conferindo uma maior variabilidade e diversidade à capa/CD. No fundo, este propósito vai ao encontro, mais uma vez, da mensagem da música: quebrar a rotina e monotonia do nosso quotidiano.

   Para finalizar, o grupo achou conveniente elaborar um esquema que identificasse os elementos básicos da comunicação visual presentes na composição. É importante referir que nem todos os elementos visuais se encontram representados. O esquema apenas faz referência aos elementos que se encontram mais presentes. Por outro lado, apenas é dado um único exemplo para cada um deles, dada a infinidade de possibilidades que podemos encontrar para cada elemento visual. São estes: o ponto, a linha, a forma (quadrado e círculo), a direção (horizontal-vertical e curva), o tom, a cor e, por fim, a escala.

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Esquema identificativo dos elementos básicos da comunicação visual presentes na composição.

  • As técnicas de Comunicação Visual

   Donis A. Dondis afirmou que “as técnicas visuais oferecem ao artista e ao leigo os meios mais eficazes de criar e compreender a comunicação visual expressiva, na busca de uma linguagem visual universal”. Estas técnicas assumem extrema importância na interpretação e compreensão da mensagem visual, existindo como polaridades, isto é, abordagens díspares. Na análise que se segue é apenas feita referência a cada um dos pólos, neste caso ao que se encontra inerente na composição. Assim, como a abordagem dos elementos básicos da comunicação visual, procuraremos explicar de que modo é que cada técnica está presente na composição, bem como os significados simbólicos a elas alusivas.

   Em primeiro lugar, salientamos o equilíbrio. O equilíbrio é uma técnica que transmite harmonia, estabilidade, ordem. De facto, assistimos a um equilíbrio entre os vários elementos representados na composição. Por outro lado, estes valores vão ao encontro da música que alerta-nos para a importância de encontrarmos harmonia com a vida. Assim, não só por questões estéticas ou visuais, mas também pela própria mensagem da música, o equilíbrio é uma constante no trabalho.

   Como referido anteriormente, antes da composição foram selecionados os diversos elementos representativos das cidades de Los Angeles, Londres e Paris. Pretendemos que estes elementos formassem uma totalidade, um pleno equilíbrio a que se chama de unidade. “A junção de muitas unidades deve harmonizar- se de modo tão completo que passe a ser vista e considerada como uma única coisa” (Donis A. Dondis). É o que, de facto, se sucede na medida em que todos os elementos simbolizam no seu conjunto o ato de viajar, abordado na música selecionada e que procuramos, assim, representar na composição.

   Todas estas unidades simples e mínimas encontram-se diretamente relacionadas com uma outra técnica: a economia. Procuramos, igualmente, que os elementos se mantivessem subtis (subtileza) e uniformes entre si. Se observarmos a composição verifica-se uma neutralidade entre os diversos elementos, pois não há nenhum em particular que se destaque no meio dos restantes.

   Durante a componente prática do projeto, ficou decidido separar as várias figuras de acordo com a cidade que cada uma destas representa. Apesar da enorme variação dos elementos, foi estabelecida uma regularidade, uma uniformidade entre estes, que passaram a obedecer a uma ordem e lógica própria. Esta previsibilidade conferiu um padrão, uma sequencialidade às figuras representadas: no plano superior encontram-se os símbolos icónicos associados à cidade de Los Angeles, no plano inferior esquerdo encontra-se representada a capital francesa e, por último, no plano inferior direto encontram-se os símbolos alusivos à cidade de Londres.

   Falta-nos aqui mencionar outra técnica visual, quiçá a mais presente na composição: a simplicidade. Quer o CD como a capa do mesmo, destacam-se por serem, acima de tudo, simples. Contudo, é uma simplicidade visualmente atrativa e que resulta muito bem esteticamente. Trata-se, segundo Donis A. Dondis, de uma técnica “livre de complicações ou elaborações secundárias”. Precisamente o mesmo estilo de vida que a banda OneRepublic aconselha com o seu tema “Good Life”. De facto, a simplicidade possui um duplo sentido no trabalho desenvolvido.

   A elaboração do projeto demonstrou a abrangência e a constante presença que os elementos e as técnicas visuais assumem, não única e exclusivamente ao nível da comunicação visual como também em contexto real nas demais situações do quotidiano.

  • Reflexão final

A viagem da descoberta consiste não em achar novas paisagens, mas em ver com novos olhos.” (Proust, Marcel).

   Esta citação sintetiza todo o trabalho que foi sendo desenvolvido e que serviu, inclusive, de inspiração em vários momentos do projeto. Aqui, a palavra “descoberta” pode ter distintos sentidos. Por um lado, pode simbolizar o espírito de aventura e descoberta que a música procura incitar em que a ouve. Por outro lado, esta descoberta pode ser encarada num sentido mais metafórico, indo ao encontro das nossas expetativas e objetivos para o trabalho.

   De facto, um dos objetivos primordiais nesta primeira proposta consistia em desenvolver a nossa sensibilidade visual e ver o que o que nos rodeia com “novos olhos”. Um olhar atento, delicado e particularmente sensível às questões visuais durante o nosso quotidiano. Neste sentido, consideramos que ambas passámos por um verdadeiro percurso de descoberta, vendo e percebendo com “novos olhos” o que é este imenso e infindo mundo de Design de comunicação visual.

 

Fonte de inspiração

Antes de avançarmos para a parte prática propriamente dita, foi feita uma recolha de imagens que serviram como inspiração ao longo do trabalho. Esta recolha de imagens foi feita através de duas plataformas: Pinterest e Tumblr. Ambas revelaram-se ferramentas extremamente importantes, pois permitiram encontrar novas ideias e fontes inspiradoras para a realização do projeto.

As duas primeiras fotos que apresentamos serviram igualmente de inspiração para a realização do projeto. A primeira foto é alusiva à capa do álbum “Mundo Pequenino”, da autoria da banda Deolinda. Trata-se de uma capa simples, mas que funciona muito bem ao nível visual. Decidimos, assim, conjugar esta mesma simplicidade com a conceção que delineamos para a composição visual.

De seguida, deixamos as imagens que nos serviram de inspiração ao longo de todo o trabalho.

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Escolha musical

Uma das primeiras etapas da primeira proposta consistiu na escolha musical. Para a elaboração da composição visual foi previamente necessário selecionar o tema de trabalho, isto é, uma música à nossa escolha. Depois de uma breve pesquisa foi, na verdade, fácil chegar a um consenso devido ao facto das nossas preferências musicais serem bastante semelhantes, assim como pelas emoções que a música transmitia a ambas. A música selecionada tem por nome “Good Life” e pertence à banda One Republic.

 Como referido, escolhemos esta música muito pelas emoções que esta nos transmite. De facto, não é apenas o instrumental ou o ritmo da música que transmite alegria e positivismo. Basta olhar para a própria letra da música. Esta fala-nos de um indivíduo que acordou na cidade de Londres e que, a partir dali, parte para uma descoberta de novas pessoas e lugares. Seja em Nova Iorque, Los Angeles, ou Paris, a mensagem da música é clara: a vida tem de ser boa (“This has gotta be the good life”). Inclusivamente, a mensagem dá título à própria canção. Trata-se de uma música alegre, que transmite liberdade, entusiasmo, satisfação e, sobretudo, muita energia. Mas, acima de tudo, a música funciona como uma mensagem de alerta. Uma mensagem para muitos de nós que, imersos nos nossos problemas e rotinas, passa-nos ao lado: há que saber desfrutar o que a vida nos tem para oferecer de melhor.

Vídeo e letra da música: 

Woke up in London yesterday
Found myself in the city near Piccadilly
Don’t really know how I got here
I got some pictures on my phone

New names and numbers that I don’t know
Address to places like Abbey Road
Day turns to night, night turns to whatever we want
We’re young enough to say

Oh this has gotta be the good life
This has gotta be the good life
This could really be a good life, good life

Say oh, got this feeling that you can’t fight
Like this city is on fire tonight
This could really be a good life
A good, good life

To my friends in New York, I say hello
My friends in L.A. they don’t know
Where I’ve been for the past few years or so
Paris to China to Colorado

Sometimes there’s airplanes I can’t jump out
Sometimes there’s bullshit that don’t work now
We all got our stories but please tell me
What there is to complain about

When you’re happy like a fool
Let it take you over
When everything is out
You gotta take it in

Oh this has gotta be the good life
This has gotta be the good life
This could really be a good life, good life

Say oh, got this feeling that you can’t fight
Like this city is on fire tonight
This could really be a good life
A good, good life

Hopelessly
I feel like there might be something that I’ll miss
Hopelessly
I feel like the window closes oh so quick
Hopelessly
I’m taking a mental picture of you now
‘Cuz hopelessly
The hope is we have so much to feel good about

Oh this has gotta be the good life
This has gotta be the good life
This could really be a good life, good life

Say oh, got this feeling that you can’t fight
Like this city is on fire tonight
This could really be a good life
A good, good life

To my friends in New York, I say hello
My friends in L.A. they don’t know
Where I’ve been for the past few years or so
Paris to China to Colorado

Sometimes there’s airplanes I can’t jump out
Sometimes there’s bullshit that don’t work now
We all got our stories but please tell me
What there is to complain about

Recolha fotográfica

A recolha fotográfica foi uma das principais tarefas relativas à primeira proposta de trabalho. Esta recolha de fotografias possibilitou o desenvolvimento de técnicas de identificação e de registo fotográfico dos elementos e técnicas de comunicação visual em contexto real.

Ao longo da recolha fotográfica foi possível compreender o quão presentes estão estes elementos e técnicas visuais nas nossas vidas, sejam nos locais que percorremos ou, até mesmo, nos simples objetos que utilizamos.

As fotografias foram, essencialmente, captadas no centro da cidade do Porto, nos jardins do Palácio do Cristal e, ainda, em espaços interiores.

I walk. I look. I see. I photograph. (Leon Levinstein)

 

Imagens: Os elementos básicos de Comunicação Visual

ponto

Ponto. Nesta campainha encontramos vários pontos, a unidade de Comunicação Visual mais básica.

 

linha

Linha. Nesta fotografia é aumentada a sensação de direção, graças às linhas existentes que são precisas e rigorosas.

 

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Forma. Os azulejos formam uma das três formas básicas: o quadrado. Ao quadrado associa-se enfado, honestidade, retidão, esmero.

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Direção. A esta calçada é associada a direção, outro importante elemento da Comunicação Visual. As forças direcionais curvas têm significados associados à abrangência, à repetição e à calidez.

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Tom. A diferente tonalidade dos dois vernizes mostra que as variações de luz/tom são os meios pelos quais distinguimos oticamente a complexidade da informação visual do ambiente.

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Cor. Cada cor possui os seus próprios significados associativos e simbólicos. As cores do ecoponto são exemplo disso, já que a cada cor é associada um tipo específico de material.

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Textura. A camisola projeta a sensação e o sentido que não podemos ter na ausência de outros sentidos, como o tato. A textura está presente nos demais objetos do nosso dia-a-dia.

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Escala. A disposição dos recipientes é a prova de que o grande não existe sem o pequeno. Ao processo que relaciona o tamanho dos objetos dá-se o nome de escala.

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Dimensão. Este edifício de grande dimensão, à semelhança de tantos outros, evidencia outro importante elemento da Comunicação Visual.

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Movimento. Os transeuntes na Via Santa Catarina transmitem dinamismo, atividade. O movimento é, claramente, o elemento visual que mais se destaca na presente fotografia.

Imagens: As técnicas de Comunicação Visual

Equilíbrio/instabilidade

 

equilíbrio

Equilíbrio

instabilidade

Instabilidade

Simetria/Assimetria

simetria

Simetria

assimetria

Assimetria

Regularidade/Irregularidade

regulariedade

Regularidade

 

irregulariedade

Irregularidade

Simplicidade / Complexidade

simplicidade

Simplicidade

complexidade

Complexidade

Unidade / Fragmentação

unidade

Unidade

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Fragmentação

Economia / Profusão

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Economia

profusão

Profusão

Minimização / Exagero

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Minimização

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Exagero

Previsibilidade / Espontaneidade

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Previsibilidade

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Espontaneidade

Atividade / Estase

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Atividade

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Estase

Sutileza / Ousadia

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Subtileza

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Ousadia

Neutralidade / Ênfase

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Neutralidade

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Ênfase

Transparência / Opacidade

transparência

Transparência

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Opacidade

Estabilidade / Variação

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Estabilidade

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Variação

Exatidão / Distorção

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Exatidão

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Distorção

Planura / Profundidade

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Planura

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Profundidade

 

Sequencialidade / Acaso

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Sequencialidade

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Acaso

 

Repetição / Episodicidade

repetição

Repetição

episodidade

Episodicidade

As técnicas de comunicação visual

Segundo Donis A. Dondis “As técnicas visuais oferecem ao designer uma grande variedade de meios para a expressão”. Já descobertos e compreendidos quais os elementos básicos da comunicação visual, torna-se igualmente importante compreender as técnicas de comunicação visual. Existem, de facto, diversas técnicas e todas estas auxiliam o controlo dos objetivos informacionais e a transmissão da mensagem visual.

De acordo com o autor, “as técnicas visuais não devem ser pensadas em termos de opções mutuamente excludentes para a construção ou a análise de tudo aquilo que vemos.” Por outras palavras, nem sempre é obrigatório considerar apenas os extremos de significado, uma vez que estes “podem ser transformados em graus menores de intensidade”. Donis A. Dondis dá o exemplo da gradação de tons de cinza entre o branco e o negro, pois nestas variantes é possível encontrar uma extensa gama de possibilidades de expressão e compreensão.

De seguida, são enumeradas e explicadas, de forma sucinta, as técnicas de comunicação visual.

Equilíbrio/instabilidade

Considerado um dos elementos mais importantes das técnicas visuais, o equilíbrio. O equilíbrio é uma estratégia de design em que existe um centro de suspensão a meio caminho entre dois pesos. O equilíbrio transmite harmonia, estabilidade, ordem. Contrariamente, a instabilidade é a ausência de equilíbrio, ao qual é se associa inquietação, provocação.

Simetria/Assimetria

O equilíbrio, já aqui explicado, é uma técnica que pode ser obtida numa manifestação visual de duas formas distintas: simétrica ou as-simetricamente. A simetria é equilíbrio axial e representa a lógica, a simplicidade, o estático. A assimetria é o equilíbrio precário e representa complexidade, movimento.

Regularidade/Irregularidade

regularidade e irregularidade

A regularidade constitui o favorecimento da uniformidade dos elementos, e o desenvolvimento de uma ordem baseada em algum princípio ou método constante e invariável. A esta técnica associa-se uniformidade, ordem, rigidez. Pelo contrário, a irregularidade representa a desordem, o inesperado, o insólito.

Simplicidade / Complexidade

 A simplicidade é a técnica que enfatiza a ordem, a uniformidade “livre de complicações ou elaborações secundárias. Do lado oposto a complexidade é a técnica à qual se associa desordem, desorganização. A complexidade é construída com base em várias unidades elementares, resultando num difícil processo de organização.

Unidade / Fragmentação

A unidade é um equilíbrio adequado de elementos diversos numa totalidade que se percebe visualmente. Assim, a junção de muitas unidades deve harmonizar-se de modo tão completo que passe a ser vista e considerada como uma única coisa. A unidade representa harmonia, equilíbrio. Pelo contrário, a fragmentação é a decomposição dos elementos e unidades de uma composição visual em partes separadas, que se relacionam entre si mas que conservam o seu carácter individual. Desta forma, a esta técnica representa movimento, desequilíbrio, variedade.

Economia / Profusão

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A economia é a técnica visual que tem por base unidade mínimas e representa simplicidade, pobreza, pureza. Esta técnica consiste na organização visual moderada e sensata na utilização dos elementos que constituem a composição, ao contrário da profusão. A profusão é uma técnica de enriquecimento visual associada ao poder, à riqueza, à ornamentação.

Minimização / Exagero

A minimização e o exagero são as duas técnicas visuais consideradas os equivalentes intelectuais da polaridade economia-profusão, anteriormente explicados. Estes prestam-se a fins parecidos, ainda que num contexto diferente. A minimização é uma abordagem muito abrandada, que procura obter do observador a máxima resposta a partir de elementos mínimos. À minimização associa-se simplicidade, despojamento, singeleza. Por oposição, o exagero procura construir uma composição excessiva e extravagante, procurando intensificar e ampliar a expressividade presente na mensagem visual. Representa, assim, a extravagância, intensificação, amplificação.

Previsibilidade / Espontaneidade

A previsibilidade representa uma ordem ou um plano extremamente convencional. A esta técnica é, então, associada à ordem, à racionalidade, ao calculável. Contrariamente, a espontaneidade caracteriza-se por uma falta aparente de planeamento. É uma técnica saturada de emoção, impulsiva e livre. Representa a impulsividade, liberdade, movimento.

Atividade / Estase

 A atividade é a técnica que procura refletir o movimento através da representação ou da sugestão. Deste modo, a atividade, enquanto técnica visual, simboliza o movimento, a energia, o ativo. Do lado oposto, a estase representa a força imóvel da técnica de apresentação estática, permitindo transmitir uma imagem de repouso, tranquilidade, e de equilíbrio absoluto.

Subtileza / Ousadia

A subtileza é a técnica que procura estabelecer uma distinção apurada, fugindo a toda a firmeza de propósito. Embora a subtileza sugira uma abordagem visual, deve ser rigorosamente concebida para que as soluções encontradas sejam hábeis e inventivas. A subtileza simboliza, assim, a delicadeza, o requinte. Por outro lado, a ousadia é uma técnica visual óbvia que deve ser utilizada para obter a maior visibilidade possível. Deve-se caracterizar pela sua audácia e confiança.

Neutralidade / Ênfase

A neutralidade é uma técnica visual importante na medida em que permite uma configuração menos provocadora de uma manifestação visual o que, por vezes, pode ser o procedimento mais eficaz. Isto é, a técnica da neutralidade pode não provocar grandes estímulos, mas pode ser útil na superação de resistências. A ênfase é o oposto desta técnica, em que se realça apenas uma coisa contra um fundo em que predomina a uniformidade.

Transparência / Opacidade

A transparência envolve detalhes visuais através dos quais se pode ver, de tal modo que o que lhes fica atrás também nos é revelado aos olhos. Já a opacidade consiste no bloqueio total, ou seja, no ocultamento dos elementos que são visualmente substituídos. Como se pode verificar, as polaridades técnicas da transparência e da opacidade podem ser definidas mutuamente em termos físicos.

Estabilidade / Variação

 A estabilidade é a técnica que expressa a compatibilidade visual e que representa a coerência e uniformidade. Se a estratégia da mensagem exige mudanças e elaborações, a técnica da variação oferece diversidade e sortimento.

Exatidão / Distorção

A exatidão, conhecida pela técnica natural da câmara, procura a reprodução da realidade, daquilo que os olhos do ser humano veem e interpretam do mundo. A representação da visão humana, do realismo, é conseguida através de efeitos de ilusão ótica. Contrariamente, a distorção falsifica o realismo.

Planura / Profundidade

A planura é a técnica que se caracteriza pela ausência de profundidade e por ser objetiva, superficial. Já a profundidade sugere dimensão e utiliza a perspetiva para dar essa ilusão de profundo. Em suma, estas duas técnicas são regidas pelo uso ou pela ausência de perspetiva, e são intensificadas pela reprodução da informação ambiental através da imitação dos efeitos de luz – sombra.

Singularidade / Justaposição

A singularidade salienta um tema isolado e independente, que não conta com o apoio de quaisquer outros estímulos visuais. A sua técnica oposta, a justaposição, exprime a interação de estímulos visuais, usando para isso duas sugestões lado a lado e comparando as relações entre eles. Desta forma, a justaposição ativa uma relação de comparação entre dois estímulos visuais complementares.

Sequencialidade / Acaso

A sequencialidade é a técnica que dispõe de uma ordem lógica, de um padrão. Uma ordenação sequencial baseia-se na resposta compositiva a um projeto de representação que se contém uma organização lógica. Contrariamente à sequencialidade, o acaso é uma técnica caracterizada pela ausência de planeamento, pela desorganização (intencional ou acidental) e aleatoriedade.

 

Agudeza / Difusão

  A agudeza está associada à clareza (do estado físico e de expressão) e à precisão. Através da precisão e do uso de contornos rígidos, o efeito final é claro e de fácil interpretação. Por outro lado, a difusão descura a precisão, procurando criar uma atmosfera de sentimento e de calor.

Repetição / Episodicidade

A repetição corresponde a conexões visuais ininterruptas, permitindo uma conexão visual que faz com que uma composição se apresente unificada. Representa a coesão, união, conexão. Pelo contrário, a episodicidade representa a desconexão, individualidade, liberdade. Esta técnica reforça, assim, as qualidades individuais de cada parte, mas sem abandonar por completo o significado maior.

Os elementos da comunicação visual

A comunicação é o elo de ligação entre as pessoas. Comunicar é informar, transmitir uma mensagem. A Comunicação Visual, tal como o próprio nome indica, é transmitir essa mesma mensagem mas através da imagem. A Comunicação Visual é, sem dúvida, um campo muito abrangente que dispõe dos mais variados elementos, os chamados elementos básicos da Comunicação Visual.

“Sempre que alguma coisa é projetada e feita, esboçada e pintada, desenhada, rabiscada, construída, esculpida ou gesticulada, a substância visual é composta a partir de uma lista básica de elementos.” (Donis A. Dondis)

No fundo, estes elementos constituem a substancia básica do que vemos. O ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a dimensão, a escala e, por fim, o movimento são os elementos básicos da Comunicação Visual. Para melhor entender todos estes elementos, procedemos a uma revisão literária, assim como uma recolha fotográfica. Com este trabalho fotográfico foi possível perceber que, até mesmo nos objetos mais banais, a Comunicação Visual está fortemente presente no nosso quotidiano.

*Para esta pesquisa foi utilizada a seguinte bibliografia:

  • DONDIS, Donis A. A Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991, pp. 51-83

 

O ponto

O ponto é a unidade de Comunicação Visual mais básica, irredutivelmente mínima. Apesar de ser considerado o elemento mais simples, qualquer ponto exerce sobre nós um enorme poder de atração, independentemente de ter sido feito pelo homem ou de fazer parte da natureza. Quando vistos, os pontos ligam-se, sendo, portanto, capazes de dirigir o olhar. Em grande número e justapostos, os pontos criam a ilusão de tom ou de cor. A capacidade única que uma série de pontos tem de conduzir o olhar é intensificada pela maior proximidade dos pontos.

ponto

I Elemento básico: o ponto

A linha

A linha é um dos elementos básicos da Comunicação Visual que ocorre quando os pontos estão de tal modo próximos entre si, tornando impossível identificá-los individualmente. Assim, é aumentada a sensação de direção e este conjunto de pontos transforma-se noutro elemento de comunicação: a linha. A linha caracteriza-se por ter uma energia muito própria, isto é, nunca é estática. “É o elemento visual inquieto e inquiridor do esboço” (Donis A. Dondis)

Caracteriza-se por nunca ser estática, mas apesar de possuir liberdade e flexibilidade, tem um propósito e direção, ou seja, a linha é precisa e rigorosa. Reforçando a liberdade de experiência, faz algo de definitivo. “A linha é o meio indispensável para tornar visível o que ainda não pode ser visto, por existir apenas na imaginação”. (Donis A. Dondis)

Seamless texture with lines

II Elemento básico: a linha

 A forma

A forma é o elemento básico da Comunicação Visual que é descrito por uma linha. A linha articula a complexidade da forma, sendo três as formas básicas: o quadrado, o círculo e o triângulo equilátero. Todas as formas básicas são figuras planas e simples, mas cada uma destas três formas possui características e significados específicos.  Ao quadrado associa-se o enfado, honestidade, retidão e esmero; ao triângulo, a ação, conflito, tensão e, por último, ao círculo associa-se a infinitude, calidez, proteção.

forma

III Elemento básico: a forma

A direção

A direção trata-se de outro importante elemento da Comunicação Visual. Todas as formas básicas expressam três direções visuais básicas e significativas: o quadrado, a horizontal e a vertical; o triângulo, a diagonal; o círculo, a curva. Cada uma das direções visuais têm um forte significado associativo e são, assim, usadas como uma importante ferramenta para a criação de mensagens visuais. A referência horizontal – vertical transmite um sentido de estabilidade, equilíbrio, enquanto a direção diagonal possui uma força mais instável. As forças direcionais curvas têm significados associados à abrangência, à repetição e à calidez.

direçao

IV Elemento básico: a direção

O tom

O tom é uma das melhores ferramentas que permitem representar o mundo como algo dimensional, uma vez que a linha não é capaz de criar sozinha uma ilusão de realidade. As variações de luz ou de tom são os meios pelos quais distinguimos oticamente a complexidade da informação visual do ambiente. Por outras palavras, vemos o que é escuro porque está próximo ou se sobrepõe ao claro, e vice-versa. Entre a luz e a escuridão na natureza existem centenas de gradações tonais específicas, embora essas gradações sejam muito mais limitadas nas artes visuais, onde aceitamos uma representação monocromática. Neste sentido, “O valor tonal é outra maneira de descrever a luz. Graças a ele, e exclusivamente a ele, é que enxergamos” (Donis A. Dondis)

Set of purple and violet tone water color drop for brush, textbox, background, design element

V Elemento básico: o tom

A cor

A cor é um dos elementos básicos da Comunicação Visual de extrema relevância, uma vez que está recheada de informação e permite uma impressionante experiência visual. A cada cor tem os seus próprios significados associativos e simbólicos. A cor tem três dimensões que podem ser definidas e medidas. Matiz ou croma, é a cor em si, e existe em número superior a cem. Existem três matizes primários ou elementares: amarelo, vermelho e azul. A segunda dimensão da cor é a saturação, que é a pureza relativa de uma cor. Por último, a terceira dimensão da cor é a cromática. É o brilho relativo, do claro ao escuro, das gradações tonais ou de valor. Em suma, nas artes visuais, a cor não é apenas um elemento decorativo ou estético, é o fundamento da expressão. Exemplo disso é o facto de cada um de nós ter as suas próprias preferências por cores específicas. De facto, escolhemos uma cor porque possui um determinado significado para nós e não outro.

cor

VI Elemento básico: a cor

A textura

A textura é o elemento da Comunicação Visual que projeta a sensação e o sentido que não podemos ter na ausência de outros sentidos, como o tato. É possível reconhecer a textura tanto através do tato como da visão, ou através de ambos os sentidos. Neste âmbito, é importante referir que uma textura pode não apresentar qualidades táteis, mas unicamente óticas. Já quando há uma textura real coexistem ambas as sensações.

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VII Elemento básico: a textura

A escala

“Todos os elementos visuais são capazes de se modificar e se definir uns aos outros”. É, precisamente, a este processo a que se chama escala. Em suma, o grande não pode existir sem o pequeno”. O homem é a peça fundamental para o estabelecimento de uma escala, pois tal como Donis A. Dondis afirmou “Nas questões de design que envolvem conforto e adequação, tudo o que se fabrica está associado ao tamanho médio das proporções humanas”. Assim, aprender a relacionar o tamanho com o objetivo e o significado é essencial na estruturação da mensagem visual.

Escala

VIII Elemento básico: a escala

 A dimensão

Sabemos que a dimensão existe no mundo real. Contudo, em nenhuma das representações bidimensionais da realidade, isto é, no desenho, na pintura ou, por exemplo, na fotografia existe uma dimensão real: esta é única e exclusivamente implícita. Tal se deve ao efeito de ilusão, que é conseguido através da técnica da perspetiva, onde os efeitos podem ser reforçados através da utilização de um dado tom ou da enfatização da luz – sombra. Em suma, a dimensão é um elemento, geralmente, dependente da ilusão ótica estimulada através da perspetiva. É, ainda, importante salientar que, segundo Donis A. Dondis, “ A dimensão real é o elemento dominante no desenho industrial, no artesanato, na escultura e na arquitetura, e em qualquer material visual em que se lida com o volume total e real”.

dimensão

IX Elemento básico: a escala

O movimento

Este elemento básico da Comunicação Visual, à semelhança da dimensão, encontra-se mais frequentemente implícito do que explícito no modo visual. Segundo Donis A. Dondis, “a sugestão de movimento nas manifestações visuais estáticas é mais difícil de conseguir sem que ao mesmo tempo se distorça a realidade, mas está implícita em tudo aquilo que vemos, e deriva da nossa experiência completa de movimento na vida”. Este elemento destaca-se, essencialmente, por ser dinâmico.

movimento

X Elemento básico: o movimento